PEÇAS CRÍTICAS DE UM SERVIDOR
- Fernanda Trovão de Noronha
- 15 de mai. de 2016
- 6 min de leitura

Vamos conhecer as principais peças que devemos priorizar na escolha de um servidor.
PROCESSADOR
É a parte pensante de um servidor, é ele quem gerencia, processa e coordena como um maestro toda a máquina como se fosse o cérebro para nosso corpo.

Há processadores específicos para o uso de servidores como por exemplo a linha INTEL XEON ou então a linha AMD OPTERON.]
Estes processadores trabalham com características específicas para a execução do bom funcionamento da coisa toda. São as principais características:
Alta capacidade de MEMÓRIA CACHE
Grande quantidade de CORE's POR PROCESSADOR
Trabalha com grande capacidade de memórias ao mesmo tempo com bit ECC.
Aceitam V-pro que nada mais é do que virtualização de core.
MEMÓRIA
Existem dois tipos de tecnologias ECC para servidor que usamos nos servidores:
UDIMM : são mais econômicas e com tempo de latência maior que a memória RDIMM. Também são menos expansíveis, pois comercializamos no Brazil somente pentes de 2GB.
RDIMM: são comercializada nos tamanhos de 2, 4, 8, 16 e 32 GB por pente, utilizada em servidores que precisam de expansibilidade e exijam latência baixa.

HD
O HD é um dispositivo mecânico - em sua maioria - ou tecnologia flash - em sua minoria por ainda ser uma tecnologia muito cara.
É no HD que ficam armazenadas todas informações (dados) que são registradas em um servidor.
Porém o HD é um dispositivo mecânico que possui alta possibilidade de falhas, por possuir vários componentes sensíveis a vibrações e ao desgaste natural de suas peças.

Hoje em dia há três tipos de tecnologias empregadas em HD's para servidores: SATA, SAS, SSD.
E devemos considerar nestes dispositivos dois dados principais e importantes na definição do tipo de tecnologia de HD que será definida como a mais adequada para o seu servidor. São eles:
O BUFFER - faz com que a cabeça de leitura marque as trilhas já marcadas e não repita a leitura nelas, marcando os setores que ele está buscando a informação. Embora não seja tão importante para o desempenho quanto geralmente se pensa, o buffer permite à controladora do HD executar um conjunto de operações úteis para melhorar o desempenho. Se não houvesse nenhum tipo de buffer, a cabeça de leitura do HD acabaria tendo que passar várias vezes sobre a mesma trilha, lendo um setor a cada passagem, já que não daria tempo de ler os setores sequencialmente. Isto ocasionaria um enorme tempo perdido antes de cada novo pedido de leitura ou gravação dos dados.
Graças ao buffer, este problema é resolvido, pois a cada passagem a cabeça de leitura lê todos os setores próximos, independentemente de terem sido solicitados ou não. Após fazer sua verificação de rotina, o sistema solicitará o próximo setor, que por já estar carregado no buffer será fornecido em tempo recorde.
Nos HDs atuais, o buffer pode ser usado também nas operações de escrita. Imagine, por exemplo, que a controladora está ocupada lendo um arquivo longo e o sistema solicita que ela atualize um pequeno arquivo de log. Em vez de precisar parar o que está fazendo, a controladora pode armazenar a operação no buffer e executá-la mais adiante, em um momento de ociosidade.
A RPM é o fator que determina a velocidade em que o disco irá rodar. Quanto maior o número de RPM, mais rápido é o HD.

DAS TECNOLOGIAS SATA/ SAS/ SSD
A Tecnologia SATA foi trazida para linha de servidores no intuito de reduzir o custo dos equipamentos, renovando a tecnologia com inovações técnicas.
RPM máximo 7.200
Conexão por pulso utilizando o clock do processador.
A Tecnologia SAS é uma readaptação da antiga tecnologia iSCSI. É:
Completamente compatível com os atuais ambientes SCSI, seja software ou middleware (computação distribuída).
Possibilidade de maior economia ao se usar a interface SATA convencional.
Imprescindível custo/benefício devido a sua arquitetura adaptável, conectando múltiplos drives à múltiplos dispositivos
Melhorias na performance e confiabilidade.
Capacidade de redundância de cabos no mesmo disco.
Interface serial ponto-a-ponto de simples cabeamento.
Possibilidade de aumento de configuração e performance.
Capacidade de expansão e atualização para múltiplas futuras gerações.
Clientes/usuários poderão escolher entre discos SAS de dupla redundância de cabos e alta performance, ou convencionais discos SATA de alta performance e baixo custo no mesmo sistema.
A Tecnologia SSD é um lançamento ainda para servidores e muito pouco utilizados pois o custo ainda é alto, no entanto é uma tecnologia muito cara, por isto pouco utilizada, porém esta tecnologia possibilitará uma grande capacidade de armazenamento de discos, dando melhor controle dos dados de grandes aplicativos.
Vantagens
Ambiente
Alto espectro de temperaturas (0 à 70ºC)
Praticamente insensível à choques e vibrações
Alta performance em leitura
50 x SATA em leitura aleatória
15 x SAS em leitura aleatória
Performance em escrita comparável à SAS 15k rpm
Consumo elétrico reduzido em até 10x
1 Watt ao invés de 9 Watts em um HD SAS 15k rpm 2,5”
CONTROLADORA - ARRAY
É a placa lógica, ou placa controladora do HD. Esta é a parte "pensante" do disco. É ela que faz a interface com a placa-mãe, controla a rotação do motor e o movimento das cabeças de leitura dos HD’S, de forma que elas leiam os setores corretos, faz a verificação das leituras, de forma a identificar erros (e se possível corrigi-los, usando os bits de ECC disponíveis em cada setor). Também atualiza e usa sempre que possível os dados armazenados no cache de disco (já que acessá-lo é muito mais rápido do que fazer uma leitura nas mídias magnéticas).
São elas que gerenciam os bancos de HD’s e geram a informação de um banco de RAID para o processador.
As controladoras podem ser :
Internas:
No caso de um HD comum SATA, utilizado em pequenos servidores como a linha MICROSERVER HP, ou ML 110 G9, por exemplo; ou então, em servidores montados em máquinas comuns ( prática totalmente desaconselhada e que veremos em outro post sobre a DIFERENÇA ENTRE UM SERVIDOR E UM PC )
Externas:
No caso de um HD comum SATA HOT-PLUG OU SAS QUE NÃO POSSUI CONTROLADORA INTERNA, utilizado em pequenos servidores como a linha MICRO SERVER HP, ou ML 110 G9, por exemplo; ou então, em servidores montados em máquinas comuns ( prática totalmente desaconselhada e que veremos em outro post sobre a DIFERENÇA ENTRE UM SERVIDOR E UM PC )
FONTE
Há, para servidores, fontes fixas e fontes redundantes.
As fontes fixas são parafusadas, por isto o nome fixa, com ou sem redundância. Caso este tipo de fonte queime, o servidor deve ser desligado para dar manutenção (por isto não é aconselhada para servidores críticos ).

As fontes Hot-Plug ou Hot-Swap são fontes para uma máquina que "NÃO" possa parar de funcionar, e se por acaso de falha de uma das fontes existem circuitos que detectam a falha e automaticamente fazem com que a segunda fonte entre em funcionamento em questão de microssegundos. Um alarme sonoro ou visual avisa do problema, permitindo que o administrador substitua o módulo defeituoso assim que possível.
Naturalmente, fontes redundantes são consideravelmente mais caras, não apenas porque os circuitos são todos duplicados, mas também por que elas precisam ser muito mais compactas do que uma fonte tradicional, já que temos essencialmente duas ou três fontes no espaço de uma.

Dimensionamento de fonte ( redundante ou não redundante?)
Ao dimensionar um novo servidor, um das dúvidas mais frequentes esta relacionada ao uso ou não de fontes redundantes.Para responder esta questão temos que analisar a funcionalidade a qual será aplicado o servidor. O recomendado é utilizar fontes redundantes sempre que possível, pois assim um dos principais pontos de falha do servidor terá uma contingencia para falhas.
Basicamente, um servidor com fontes redundantes é indicado para aplicações de missão crítica, onde a empresa depende exclusivamente deste servidor para seu funcionamento e alguns minutos sem o funcionamento deste servidor trará um prejuízo financeiro grande para empresa.
Esta necessidade de operação constante do servidor faz com que as empresas optem por este tipo de servidor, os quais apresentam um custo superior médio de R$ 1.000,00, se comparados aos servidores com fonte simples com as mesmas configurações.
Outra prática mais econômica e comum nos departamentos de TI é manter uma fonte extra em estoque na própria empresa, para caso ocorra algum problema com a única fonte do servidor, esta seja substituída em minutos.
Além disto, um dado muito importante que não podemos ignorar é que as fontes para servidores trabalham em ondas sonóides, ou senoidal pura, precisando que haja um NOBREAK SENOIDAL, não servindo para elas fontes do tipo semi-senoidal ou ondas com picos de energia. Isto queimará as mesmas de imediato, comprometendo seu servidor!

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